«A necessidade absurda de estar junto dele extinguira-se.»
E quando tens a certeza de que nada é o que era ou o que foi. E quando quereres por um ponto final nas coisas mas tens a noção de que não és capaz ou que ainda não é hora para tal. E quando protestas que não és tu que deves terminar o que não começaste. E quando sabes que certos actos e atitudes já não te magoam e isso causa-te uma angústia tremenda. E quando percebes que talvez tenhas de dizer já foi, deixa morrer. E quando sentes que outro alguém está a invadir o teu espaço, contudo tu nem te importas com isso. E quando pressentes que algo vai suceder, no entanto nem te preparas; uma vez que já não tens medo ao que advém.
Porque uma palavra rejeitada magoa-te mais que o silêncio ou que um berro. Porque as desculpas incoerentes já tiveram o seu tempo. Porque guardas esses gritos silenciosos dentro de ti e isso atormenta-te e torna-te cada vez mais fria. Porque tens noção que no início é tudo muito bonito, porém rápido se desvanece caso não seja cultivado. Porque ele sabia como reagias quando alguém te desapontava. Porque ele sabia que tu eras fria e insegura e que desmoronavas com a sua ausência. Porque ele sabia o que teria de suportar para te ter ao seu lado. Porque tu ainda estás em estado de choque e não tiveste tempo suficiente para te mentalizar. Porque tu sabes que é necessário persistir e cativar e tal não sucedeu. E como consequência disso as tuas memórias desvaneceram-se com o tempo. É semelhante à realidade a deslizar para longe.
É diferente, tu já o perdeste de maneiras diversas, na tua cabeça. É diferente porque, desta vez, a culpa não é tua. Então, ele que se torture a lamentar-se por todos os momentos que perdeu. Que tenha um espaço recheado de ausências e silêncios sem ti.
Porque na extremidade do teu desespero, ele desistiu. E tu afirmas já foi deixa morrer.
E vem destruir-me por tudo aquilo que eu fiz a mais e não recebi.
2011-06-27
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